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por N|$H|MUR@
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Trabalho na Fundação Casa (antiga Febem) desde 1981, inicialmente no Complexo da Rodovia Imigrantes, dentro do Núcleo Profissionalizante, onde ministrei cursos de jardinagem e paisagismo para crianças carentes, abandonadas e jovens da comunidade.
Em 1988 fui transferido para a unidade do Pacaembu para participar dos projetos do CEI (Centro Educacional Integrado) em parceria com o IME, atendendo crianças do 0 aos 06 anos de idade.
Seis meses depois, fui transferido para Araré, onde trabalhei com carentes de 3 a 14 anos. O trabalho consistia em preparar e encaminhar os jovens para o mercado de trabalho, bem como matriculá-los na escola pública e inscrevê-los em cursos profissionalizantes.
Em 1989, retornei para o Complexo Imigrantes, para trabalhar, agora, com meninas infratoras com idade entre 15 a 18 anos.
Nessa época, a Fundação reinaugurara a piscina do Complexo, e oferecera aos monitores o curso de Operador de Piscina e Salva Vidas no Centro Esportivo Baby Barione, na Barra Funda. Participei do curso e passei a dar aulas para os internos.
Por volta de 1998, fui convidado pelo Diretor Francisco Natalino para participar do Setor de Esportes da Imigrantes. No complexo, existia uma UAP (Unidade de Atendimento Provisório), com 1200 adolescentes, divididos em quatro alas, 300 adolescentes cada. Tinha ainda a UI 18, com 250 adolescentes, divididos em cinco casas. Dentro do setor de esportes, eu era responsável pelo futsal.
Em 1999, aconteceu a mega rebelião que culminou com o fechamento do Complexo Imigrantes. Fui, então, remanejado para o Cadeião de Pinheiros, onde fiquei um mês. Em seguida, fui enviado para o Cadeião de Santo André, onde fiquei nove meses, cuidando de cerca 500 adolescentes.
No final de 2000, me indicaram para o Complexo do Tatuapé, que reunia cerca de 1600 adolescentes, distribuídos em 15 unidades. No Tatuapé, trabalhei, inicialmente, na UI 07, com escolinha de futebol para jovens de 13 a 15 anos. Depois de alguns meses, junto com os professores de Educação Física do Complexo, montamos o Núcleo Esportivo, responsável pelo desenvolvimento e gerenciamento de ações voltadas ao esporte. Nele, os especialistas desenvolviam projetos de atividades específicas de várias modalidades; e, além da prática de esportes, ofereciam aos adolescentes a oportunidade de desenvolvimento físico, psicológico e social, fornecendo aos alunos conhecimento geral da Educação Física, visão coletiva do esporte, habilidades básicas e específicas, treinamento de fundamentação e aperfeiçoamento técnico e tático e, finalmente, consciência cidadã.
Uma dessas modalidades era o Futebol de Campo, cuja Escolinha era comandada por mim, pelo Zé Maria - ex-seleção Brasileira e do Corinthians -, pelo Marcelo e Osmair, professores de Educação Física.
Rodrigues e Zé-maria - amistoso contra o Nacional
No Futebol de Campo, eram atendidos cerca de 600 jovens por mês, que treinavam os fundamentos e a parte tática do futebol. A idéia inicial dos professores, além de ocupar o jovem, era detectar e formar talentos, e encaminhá-los aos clubes profissionais, nos quais poderiam ter oportunidade de contratação.
Nestes cinco anos, nós, professores, lapidamos vários jovens, vindos de várias unidades do estado. Desse trabalho, surgiu a Seleção da Fundação, que, diga-se de passagem, foi Bi-campeão do Torneio DEGRASE; campeonato que reuniu jovens infratores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A final foi realizada no estádio do Maracanã, Rio de Janeiro.
Depois de alguns meses, começamos a realizar amistosos com equipes federadas, a exemplo do Esporte Clube Corinthians Paulista; Sociedade Esportiva Palmeiras; Nacional Esporte Clube; São Caetano; D´Guarulhos Futebol Clube, entre outras.
Com a escolinha, conseguimos lançar vários jovens no cenário dos grandes clubes. Alguns deles integraram o elenco Juniores do Corinthians, São Caetano, Palmeiras, Nacional e D`Guarulhos.
A Escolinha de Futebol estava no auge, contando inclusive com projeto de participar da Copa São Paulo de Futebol Junior , quando o Complexo do Tatuapé foi desativado, inviabilizando, assim, todo o nosso trabalho.
Em 2003 e 2004, no Rio de Janeiro participamos de um torneio onde reuniram Jovens menores infratores de 3 estados (São Paulo - FEBEM-SP, Rio de Janeira - FUNABEM/RJ, Minas Gerais - FUNABEM/MG) este evento se denominava Torneio DEGASE, participamos com uma equipe de Futebol de Campo onde fomos Bi-Campeões.
Depois do fechamento do Complexo Tatuapé, tentamos dar continuidade ao projeto do Núcleo Esportivo, mas sem sucesso. Com a descentralização e regionalização do atendimento, o projeto não cabia mais na proposta da Fundação Casa.
Atualmente, trabalho na UIP Rio Tocantins, DRM III - Brás, como Agente Técnico, num espaço esportivo limitado.